terça-feira, 12 de junho de 2012

A Catarse da Alma.

Sabemos que o homem alimenta de forma incansável seu espírito questionador das coisas. Assim, busca em todas as variantes do conhecimento que dispõem, chegar a uma resposta convincente para denominei a Catarse da Alma, que em outras palavras seria a purificação ou a própria libertação do ser: o amor.
Um cientista vê o amor como uma série de reações quimicas: os feromônios que envolve o cheiro das pessoas, neurotransmissores que encharcam nosso organismo de dopamina, entre outros. Já um poeta vê no amor uma fonte inesgotável para sua arte. Ainda a matemática, quem diria, busca uma forma de isolar essa incógnita. Mas como isola-la sem mesmo uma equação para tal? 
O Banquete, diálogo platônico, particularmente para mim, um dos mais cativantes, não teria como protagonista principal outro senão o amor. Nessa série de discursos, Aristófanes explana sua visão de amor,dizendo que no inicio havia três gêneros de seres humanos, duplos em si mesmos: o gênero homem mulher ao qual chamou de andrógino e aos pares homossexuais, homem homem e mulher mulher. Estes tinhas quatro mãos e pernas, duas cabeças e tudo mais que se poderia supor; eram seres completos em si. Certo dia voltaram-se contra os deuses, queriam desfrutar das mesmas regalias. Começaram, então, a escalar o Olimpo. Zeus, para conter esse ato insolente cortou todos esses seres em dois e pediu para que Apolo voltasse sua face para o lado do golpe, que tem como marca o umbigo, afim de que contemplasse o poder de Zeus e não viesse mais a praticar ato de revelia. E desde então buscamos através do amor encontrar a outra metade que nos corresponde. Outro exemplo que poderia citar onde o amor é seu embrião é o Taj Mahal, que dizem reter em suas paredes ou até mesmo de exalar exalar de seus jardins o real significado de amor.
Quão vasto é o campo de pesquisa tendo como tema o amor. Assunto tão sedutor, tão mais apropriado para o Dia dos Namorados. Este é um tipo de texto do qual não se tem conclusão. E eu, caros, não ousaria em definir o que é amor. Procurar de forma incessante o amor retarda a sua própria descoberta. Quem sabe, deixá-lo vir até nós, nos revele a real catarse. E que essa caminhada seja "eterna enquanto dure".
Vale lembrar: amor vai além de amarrar uma pessoa a outra. Cuidado, isso é macumba! Que fique a reflexão.

quarta-feira, 7 de março de 2012

"Expressivo Símbolo".

O mundo, em sua sua maioria, me soa ser movido a assuntos bestiais. Hoje pela manhã, perdido no vazio virtual que a internet vem se tornando nos últimos anos, uma matéria me chamou atenção. Em resumo, ela dizia que o Conselho da Magistratura do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul acatara o pedido de retirada de crucifixos e símbolos religiosos de todos os espaços públicos dos prédios da Justiça gaúcha. Pedido esse, a princípio, imaginei ser de um grupo de ateus. Mas pasmem, ela veio da Liga Brasileira de Lésbicas, com letra maiúscula e os pingos nos is! O desembargador Cláudio Baldino Maciel, relator da matéria, afirma que "o julgamento feito em uma sala de tribunal sob um 'expressivo símbolo' de uma igreja e de sua doutrina  não parece a melhor forma de se mostrar o Estado-juiz equidistante dos valores em conflito". Cita ainda o princípio constitucional do Estado laico. Consegue sentir, leitor, o vazio e a bestialidade que alimenta essa causa, literalmente perdida?
Tudo isso, verdadeiro "expressivo símbolo" de angustiante futilidade me cheira ser chumbo trocado.Veja bem, não é novidade para ninguém o pé de guerra travado pela Igreja e homossexuais. A Igreja, representante fidedigna de Deus na Terra, defende com unhas e dentes seus "imaculados" princípios. Os homossexuais por sua vez, grupo de minoria, vedados de estado de direitos mostraram, por meio desse esdrúxulo pedido, serem iguais à Igreja, ou seja, eles partiram também para a repressão. A Igreja repreende o beijo entre duas mulheres e em contrapartida elas agora, fazem o mesmo tentando proibir símbolo tão franzino.Logo eles que pregam o fim de repressões estão a repreender? Volto a perguntar se consegue sentir ainda, leitor, o vazio e a bestialidade que alimenta essa causa, literalmente perdida?
E para terminar essa viagem pelo nada me deparo com um noticiário ainda mais estapafúrdio: " Fim do mundo Maia já teria passado, de acordo com pesquisadores". Pois é, mudaram, para variar, o fim do mundo! Pesquisadores da UNAM, Universidade Nacional Autônoma do México alegam que os Maias não contavam o ano Bissexto e, que se contado esses dias extras, já estaríamos no dia 28 de Julho de 2013. Ou seja, já teríamos que ter partido dessa para melhor a 7 meses.Que alívio não? Esperemos, pois, a nova data para esse inexorável destino.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Silêncio corrosivo.

Diz uma sábia frase que "um tolo calado torna-se sábio". Mas, tolo seria eu em querer creditar tais sábias palavras à atitude desempenhada pela presidente Dilma em viagem a Cuba. Ou melhor, a sua falta de atitude. Não obstante do ex-presidente Lula, Dilma preferiu o silêncio quando questionada sobre os direitos humanos da ilha caribenha. Concordemos que não compete ao Brasil intervir nos assuntos internos de Cuba. Porém, tal constatação é injustificável ao silêncio corrosivo de uma líder de um país que adota como direito pétreo a livre opinião. E aliás, creio que antes de ser presidente, Dilma como cidadã em sua sanidade não abnegaria de tal direito. E vale lembrarmos que no discurso de posse, Dilma foi categórica em dizer que prefere o barulho da imprensa do que o silêncio da ditadura.
Em entrevista, a presidente declarou que "não é possível fazer da política de direitos humanos apenas arma de combate político e ideológico". Em vista disso me pergunto, o que resta então para os dissidentes cubanos? Que armas eles dispõem? Ou direitos humanos, ou greve de fome. O que seria de minha pele se mantivesse um blog como esse em Cuba? Nem quero saber. Contudo, não é difícil presumir se analisarmos a "blogueira cega" Yoani Sánchez que mantém desde 2007, de forma, digamos, ilegal, o blog Generación Y, onde denuncia de forma direta não o "socialismos", nem o "comunismo" e sim o "capitalismo militar" cubano. Ela sim, faz dos direitos humanos sua arma contra o regime decadente de Cuba, ao contrário de muitos outros dissidentes que escolheram a greve de fome e ganharam de brinde a morte. O mais recente é Wilman Villar, que segundo o governo de Cuba era um criminoso comum, condenado por violência doméstica. Há também um outro dizer questionável da presidente: "Quem atira a primeira pedra tem telhado de vidro. Nós, no Brasil, temos os nosso". Memorável a sinceridade da presidente em reconhecer o retrógrado e moderno sistema político brasileiro.
Em contrapartida onde o silêncio corroí de um lado, de outro, o barulho desnecessário das eleições primárias da corrida presidencial norte-americana se torna ensurdecedor. Candidados de olho no cargo "mais importante do mundo" não vêem outra saída a não ser partir para acusações de baixeza repugnante, o que descaracteriza o objetivo inicial de qualquer política regrada em hábitos e condutas que atendam de forma universal às necessidades da população. Por outro lado, não deixam de ser bem recebidas pelo público. Afinal, duas coisas que a população adoram: festa e barraco. E vamos e venhamos, no quesito barraco, os pré-candidatos estão indo nada mal em troca de acusações! E enquanto o bate boca é geral, o bom moço e marketeiro Barack Obama já adianta alguns passos nessa calorosa disputa.
Problema para todos os lados! Mas todos esses questionamentos são pormenores se comparados a dúvida primordial brasileira: Luiza está ou não está no canadá?
Para quem se interessar: www.desdecuba.com/generaciony

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

1 ano de Clichê.

Há um ano, sem nada para fazer e na depressão de fim de ano que insiste em me perturbar, buscava de forma obsessiva alguma coisa para ler nos blogs que seguia. E já sob influência do meu desconcerto mental, pensei: "Por que não eu, escrever um blog?" Resumidamente foi assim que surgiu o Clichê Social.
E no decorrer deste ano, mantive o blog com meus pensamentos mais insanos e opiniões um tanto não agradáveis. Confesso, sou um completo alienado! E para aquele que acompanha o blog não discordará de tal afirmação. E quando me perguntam a origem das loucuras que escrevo, eu respondo: só penso por mim mesmo. E essa simples ideia de "pensar por mim mesmo", que de simples não tem nada, tem sido uma das motivações que me orientaram até então. Obtive, evidentemente, elogios e muitas, mas muitas críticas! E não foram poucas.
E das muitas conclusões que acredito que tenhas sobre mim, leitor, julgo ser uma das primeiras, se não a primeira, a ideia de que não sou íntimo com as palavras. E por esse fato, tem sido um desafio a cada postagem, escrever algo que as pessoas se satisfaçam, que façam valer os minutos de tal leitura. Me lembro que em uma das primeiras postagens, assim como muitas que se sucederam, reescrevi várias linhas e ficava, acredite, horas matutando sobre como você reagiria. Afinal, um do anseios de um blogueiro é que seu blog seja lido, comentado e reconhecido e não apenas visitado. Sonhei um pouco de mais. Claro que não obtive todos esses anseios, mas pude desfrutar de alguns. E em uma das críticas que recebi, que dificilmente esquecerei, pois me renderam vários risos, uma pessoa foi um tanto quanto categórica quando leu uma de minhas postagens: "... mais que menino mais lindo da minha vida...". Pensei comigo: "Ai, se realmente pudesse ver a beleza que se esconde por traz dessas linhas...!" Bem, não quero tornar essa postagem uma comédia, por isso, mudemos de assunto!
Por fim, as postagens, como disse acima, mais que desafiar, elas me provam a quão capaz sou de desenvolver um assunto. Estou muito longe da postagem que se define, por sua qualidade, ser plausível ou perfeita. Isso precisa ser restabelecido em nossas vidas, não que eu seja o exemplo divino de tal afirmação, pelo contrario. Temos de nos provar, ir em busca de respostas, quantificar nossa capacidade. Quão intrigante e maravilhado fico quando ouço uma criança de 7 anos perguntar para seu pai se a lua é feito de queijo. Quão preocupado e atemorizado fico quando ouço um adulto não dar a mínima para uma dúvida, seja ela mais singela ou até mesmo ridícula quando comparada aos mistérios que rodeiam o inconsciente de uma criança de 7 anos acerca da lua. Falo, leitor, que temos que reavivar nosso instinto para a dúvida e para o questionamento das verdades definidas. E é isso que tenho feito até aqui, ao menos espero estar fazendo.
Aos elogios sou grato, por me proporcionem uma boa noite de sono. E as críticas, tenho minha eterna dívida por terem me dado o lisonjeiro de saborear esse banquete que só a descoberta me proporciona. Por que... "Bom mesmo é ir a luta com determinação, abraçar a vida com paixão, perder com classe e vencer com ousadia, porque o mundo pertence a quem se atreve e a vida é muito para ser insignificante".

sábado, 24 de dezembro de 2011

Contradições do Natal.

Pois é, nem o Natal escapou! Por onde olhamos vemos a mão do interesse, a força motriz que nos move. O bônus e ônus. Mas teria interesse o Natal, festa tão pura e ingênua?
Primeiramente a Igreja, em busca da conquista e arrebatamento das almas, meticulosamente apoderou-se das muitas festas pagãs da época, a Saturnália romana e as festas germânicas do Solstício de Inverno, por exemplo. Transformou-as então em uma festa cristã. Logo eles, incansavelmente condenados pela "Santa Igreja", os pagãos. É do frade Johann Tetzel a frase "assim que a moeda cai no cofre cai, a alma do purgatório sai". Não sei não, mas sinto cheiro de interesse! Mas comentários a parte, a Igreja reiniciou assim a História do Natal, dedicando-a originalmente ao nascimento de Cristo. Originalmente!
O tempo passou e junto dele o poder transformador da humanidade alterou o rumo natural das coisas, visando contudo o já citado interesse. Não foi diferente com o advento da industrialização e toda sua prole, na qual o mesmo interesse ainda norteava suas ações. E, assim como a Igreja, os magnatas industriais, visando seu sagrado lucro, usaram o singelo Natal a seu favor. Mas com um detalhe: substituíram o Cristo católico (que mais parece um ator hollywoodiano) pela figura carismática do bom e velho Papai Noel. Por trás da figura ingênua de um velhinho com barba branca, vestes vermelhas e sorriso acolhedor que ganhou rapidamente a simpatia das pessoas (puro marketing), se esconde mais uma vez ele, o interesse pelo polarizador das diferenças sociais, o dinheiro.
Provavelmente está a me chamar de energúmeno, chato ou desprezível por criticar até mesmo ele, o Natal, tempo de paz e amor! Olhe pela sua janela, leitor, mas olhe além do que os olhos lhe proporcionam, ou melhor ainda, saia de sua casa para olhar, para sentir e compreender a realidade. E tenha certeza de que as luzes natalinas, por mais reluzentes e esplendorosas que sejam não são capazes de esconder a escuridão, o vazio e a deterioração de muitas e muitas pessoas desprezadas, descartadas e esquecidas, as legítimas almas dos subúrbios. Mas lembre-se que para enxergá-las deve ir além dos enfeites natalinos, além da árvore de Natal que é o seu reduto, onde se escondem daquilo que denominamos como belo e estético.
Realmente o Natal é contraditório. Crianças dormem felizes na esperança de encontrar seu desejado e merecido presente. Algumas acordam felizes e saltitante. E ai daquelas que acordam e encontram o nada do nada! E além disso são obrigadas a acreditar que ano que vem o bom velhinho se lembrará.
Lembrar, coisa que falta hoje em dia. Nos lembramos que o Natal é tempo de reflexão dos nossos atos, tempo para abrimos mão de nossa frieza as diferenças que nos rodeiam e abraçarmos as pessoas mais próximas, nos contagiarmos com esse espírito, o puro espírito natalino. Blá blá blá. Quem dera todo esse significado do Natal fosse lembrados todos os dias onde prevalece em sua maioria a insensibilidade e o desamor.
Mas chega de lamentações e choradeira. Façamos de 2012 aquilo que a regra nos diz, sejamos bonzinhos com os pais, respeitáveis com os mais velhos, façamos sem rancor as lições de casa e ai, quem sabe, os benevolentes olhos do bom velhinho caiam sobre nossa graça. Olha mais uma vez ele aqui, o interesse: fazer coisas boas para ganhar presente. Pouco de chantagem, não? Dentre essas e outras, afinal, vamos e venhamos, cada um tem o Papai Noel que merece!

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Tamanho não é documento.

Quem disse que tamanho é documento? Prova viva, ou melhor, falecida no último fim de semana é a figura do "Grande Líder" Kim Jong-il. Mitificado pelo seu povo, Kim logo em seu nascimento abalava os pilares históricos. Afinal, não é sempre que alguém nasce marcado por um "duplo arco-íris e uma estrela brilhante no céu". Ironias à parte, a estapafúrdia comoção da morte do líder norte-coreano por parte da população é questionável.
Como em muitos momentos históricos, o culto a personalidade mostro-se ser uma arma poderosa e eficaz no controle populacional. O líder perfeito, justo e até mesmo divino de tempos em tempos dão as caras aqui ou ali. São muitos os exemplos que eu poderia citar da onda Nacionalista do século passado, entre eles, a figura carimbada de Adolf Hitler que usou maciçamente a propaganda para manifestar sua ideologia. O culto era tanto ao Führer que horas antes da queda de Berlim, Josef Goebbels, Ministro da Propaganda Nazista de Hitler junto com sua mulher, Magda, mataram seus seis filhos, visto que para eles não valeria a pena que as crianças vivessem num mundo sem o nacional-socialismo. Aqui no Brasil temos o exemplo de Getúlio Vargas que também usou do discurso persuasivo e construiu a imagem do líder bondoso e ideal para o país, tendo como consequência o Estado Novo. E vale lembrar que Getúlio teve grande apoio populacional, em sua maioria a classe média e baixa.
Não muito diferente dos outros, é inquestionável que sistema patriarcal norte-coreano uso ferrenhamente de  táticas populistas. Mas afinal, qual o verdadeiro motivo para essa choradeira histérica da população? Teria o "Grande Líder" tanto poder assim?
Países ditos "defensores da democracia", ONG´s defensoras dos Direitos Humanos entre demais entidades e instituições são categóricos: as pessoas estão sendo aterrorizadas pelo medo imposto pelo Estado. Essa é uma das hipóteses que explicam o desespero desenfreado das pessoas. É claro que não podemos negar e está mais que provado que muitos dos Direitos Humanos são feridos em um país fechado como a Coréia do Norte, com destaque para a liberdade de livre opinião duramente reprimida. Por outro lado, uma outra hipótese plausível é de que esse choro demonstre uma dor real, uma dor verdadeira. Seria isso possível? Amar alguém que controlou o país por 17 anos rigorosamente sem economizar austeridade?
Das muitas perguntas jogadas a todo esse marasmo, uma destaco, afinal, "Quem não é controlado?" Somos bombardeados diariamente com padrões sociais dito ideais, dos mais variados. Os comercias de cerveja, por exemplo nos mostram modelos com corpos bonitos e sarados, interpretados por nossa mente como perfeitos, como objetivo a ser alcançado. E confesso, leitor, dentre essas pessoas que pensam assim, sou o primeiro. E afirmo que provavelmente pensas assim também. Isso não seria controle? Imposto e estabelecido, sim, incontestavelmente isso é controle. E este é apenas um dos muitos que correm em nossa sociedade.
Talvez esteja me chamando de louco e sano, por comparar um regime ditatorial com uma simples peculiaridade estética de um comercial de TV. Mas por mais grande ou pequeno que isso seja, ambos são formas de controlar, afinal, o já mencionado controle se apresenta de várias formas, das mais variadas facetas, algumas vistas como "boas"-os belos corpos do comercial- e outros como "ruins"- o brutal sistema político norte-coreano. Interessante observação é que por um lado os tais defensores dos Direitos Humanos aos gritos, não poupam ataques à Coréia do Norte e,  por outro, os mesmos se mantém oclusos aos países ocidentais, onde os tais Direitos Humanos são feridos tanto quanto na Coréia do Norte. A não ser que pense, leitor, que Direitos Humanos se limitam simplesmente ao pleno direito de liberdade de expressão. Isso sem mencionarmos os polêmicos artefatos nucleares tão reprimidos e criticados, gerando ondas e ondas de indignação e medo quando o país em questão é a Coréia do Norte. Mas quando se falam, por exemplo, das ogivas nucleares Norte-americanas, bem... prefiro não comentar! Afinal, são poucos os comentários ou quase nenhum que se fazem dos "mocinhos norte-americanos".
E agora poderíamos dizer que sim? Que é possível que o choro coreano seja uma dor real? Mas oras, em que acreditar? Parafraseando Fernando Pessoa: "O poeta é um fingidor. Finge tão completamente. Que chega a fingir que é dor. A dor que deveras sente".

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Só resta o abraço.

Parada obrigatória para turistas, sobre o morro do Corcovado estão atentos os olhos de Cristo, dia e noite sobre a cidade Maravilhosa. Lá de cima a visão é panorâmica; a cada ponto descobre-se um novo detalhe da rica biodiversidade. Mas o observador atento e minucioso, acaba por achar, entre uma árvore e outra, escondido cuidadosamente em meio a esse ufanismo natural, trilhas por onde circulam livremente a mendicância da população esquecida e até mesmo desprezada pelo Estado, exceto em períodos de eleições, é claro!
Fazem hoje 80 anos que Cristo, por ironia, encravado sobre rocha, assiste atônito a toda essa movimentação. O descontrolado crescimento demográfico no século XX, advento da efêmera industrialização brasileira nessa época, tiveram por consequência a densa apropriação irregular de terrenos impróprios, aglomerando favelas e mais favelas. Os números são dispersos: fontes de pesquisa afirmam que gira em torno de 150 favelas, outros informam que somadas estão em entre 900, carece-me essa informação. Não importa a quantidade de favelas, já que em teoria não deveria haver nenhuma sequer. O que importa sim é a quantidade de pessoas que vivem ali em estado precário, fragilizadas por suas limitações impostas pela sociedade.
A precariedade dessas favelas acomete outras problemáticas urbanas, entre elas a criminalidade. O mundo da criminalidade se torna atentador a essas pessoas que vivem em tal realidade. Somados a diversos fatores como a pobreza, o descrédito ao Estado e o psicológico visivelmente abatido, resultam nos índices exorbitantemente que assistimos em telejornais de mortes a assaltos. Novidade essa informação para você? Me responderia com um simples "não", além disso acrescentaria em sua resposta, "isso é muito comum". Aqui sim reside um grande problema, já comentado em postagens anteriores do blog. Quando começamos a ver o comum com naturalidade tornamo-nos coniventes a ele.
Se eu continuar citando problemas e mais problemas sociais, tão velhos conhecidos, se tornaria maçante e tão chato quanto o clichê diário que estamos inseridos. Facilmente você, leitor, não aguenta ler.
E que adianta grandes e imponentes leis se não respeitamos nem mesmo as mais simples? A mudança reside em nossos atos, a forma como interpretamos as situações. Não é a toa que Mahatma Gandhi proferiu sábias palavras: "Seja a mudança que você deseja ver no mundo". Precisamos de pouco, mais tão pouco para invertemos essa triste realidade, mas insistimos em acreditar que o vizinho fará por nós. Fraco é aquele que se insere em um mundo de fantasia, que se deixa embebedar por uma ideia eloquente de Cidade Maravilhosa e fecha seus sentidos a realidade. Pessoas e mais pessoas estão agora sendo fragmentadas, silenciadas ora pela criminalidade, ora pelo Estado, ora por sua realidade.
Cristo assiste lá de cima do morro em silêncio ao incansável dinamismo carioca. O que resta-nos? Esperança, fé? Não diria isso. Sei que o Cristo Redentor merece fervorosos aplausos pois ele que está lá, sempre de braços abertos complacente esperando pela volta do filho prodigo ou de um pobre coitado que não tenha mais rumo.

domingo, 11 de setembro de 2011

Assoprar das velinhas.

Se Homero vivesse em nossos dias, adquiriria para si um grande rival; 11 de Setembro soa em nossos ouvidos de forma tal que se tornou épico. O que seria de Ilíada e Odisseia sem seus formidáveis deuses, mestres quando o assunto é ostentar poder e superioridade? O que seria o 11 de Setembro sem todos os efeitos hollywoodianos e, assim como os poemas de Homero, sem seus notáveis heróis e vilões? 11 de Setembro se tornou um poderoso marketing nesses dez anos, apelando, sobretudo a ela, a quimera de nossa consciência: a emoção. 
Entretanto, hoje comemoramos um aniversário e façamos jus e ele! Como dizem, afinal, aniversário não é aniversário sem um bolo. Convidados ilustres estão incluídos nessa comemoração, entre eles merece destaque George W.Bush, Barack Obama e é claro Osama Bin La... Bem, perdoem-me, este último não pode comparecer na festa por motivos de força maior, alguns probleminhas digamos, "submarinos" para resolver. A história toda pode se tornar cômica, segundo a sua óptica, leitor!
Possivelmente receberei críticas acerca dos comentários acima, tornar um evento delicado como esse em pura ironia. Mas há de convir comigo, não há mais espaço para sujeiras embaixo do tapete do "Big Stick". A política de Roosevelt envelheceu e sua "suave" fala se tornou rouca. Falo de uma das mais conhecidas facetas da política intimidadora Norte-americana, "Fale com suavidade e tenha na mão um grande porrete". Quando o presidente Theodore Roosevelt pronunciara essa frase em 1901, ele estava de certa forma prescrevendo um futuro que culminaria um século mais tarde no atentado ao WTC. 
Em linhas gerais, a leviana imagem que temos de heróis e vilões de toda essa história precisa ser revista. Porém, uma verdade dentre muitas é que nossos interesses estão acima de muitos de nossos valores, acima mesmo das nossas previsões quanto ao prejuízo que os mesmos interesses acarretarão. Se comemoramos hoje uma década de um acontecimentos antes impensável é porque o quisemos que fosse assim. 
 Pois assim dizem os sábios: Por que o futuro será uma consequência do presente. Detalhes à parte, minha preocupação não é pegar a ponta mais recheada desse bolo, mas sim de saber qual será o desejo do último a apagar as velinhas!
      

domingo, 12 de junho de 2011

Carreira Promissora.

Suponho que todos se lembram do estudante Felipe Ramos de Paiva, morto no campus da USP mês passado. Pois não é que para a nossa surpresa e alegria Irlan Santiago, um dos participantes do crime, saiu pela porta da frente da DHPP(Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa) e mais: rindo. Bandido cavar túnel é coisa do passado, agora eles saem é pela porta da frente. Afinal, é alguma surpresa ou alegria o fato ocorrido? Surpresa eu não diria, mas alegria, isso nos causa e muita. Vai dizer que você não ri quando se depara com uma notícia dessa espécie. Afinal, do que não rimos?
Agora essa, para cairmos na gargalhada geral, o advogado do criminoso, Jeferson Badan usou da "ética profissional do bandido" como um argumento de defesa. Sim, não sabia? Bandido tem sindicato que defende seus interesses trabalhistas, greves por melhores condições de trabalho, carteira de trabalho assinada. Bandido se machucou? Não é problema, ele é assegurado do INSS, oras. Mil e uma ferramentas para o bandido que age dentro da legalidade. Sim, legalidade! Esse mercado promete, não?
É claro, não poderia deixar de lado a "ética" mencionada pelo advogado. Segundo o mesmo, todo bandido, assim como toda "profissão", tem sua ética. Bandido não entrega bandido. Diria que isso é um exemplo de honestidade, em falta na sociedade, bandido não entregar bandido. Maravilha! E no mais: a mesma lei que nos protege é a mesma que nos atira, escarradamente, aos perigos da sociedade. Irlan Santiago não está em liberdade por simples súplicas as autoridades ou outra coisa qualquer; ele está em liberdade por ter se apresentado espontâneamente. Segundo a polícia ele é um simples réu primário, mas para a sociedade convicta de seus valores morais ele é um assassino em potencial, circulando livremente entre nós. Claro que em aspectos e condições naturais todos somos propensos à criminalidade, de um roubo qualquer a um assassinato. O que determina sermos isso ou aquilo cabe a nossas faculdades mentais, conceitos e ideologias. Porém, isso, ao meu ver, não justifica sua liberdade uma vez que confessou em interrogatório participação do crime. Para alguns, Irlan é a vítima da indiferença e desigualdade que percorre nosso pais, tendo como saída o crime. Mas mesmo assim, novamente, isso não justifica seus atos. Pouco que reparei nele, percebi que ele tem dois pés e duas mãos e em ótimo estado. Um bom começo, concorda?
E o que cabe as declarações do advogado, fora repudiado, não só pelo presidente da Ordem dos Advogados em São Paulo, Luiz Flávio Borges D`Urso, mas também pela sociedade, a mídia em geral. Mas fica nisso, como sempre. Talvez daqui a 10 anos ele receba seu julgamento, assim como aconteceu com Pimenta Neves. Afinal, "se ele tivesse ficado na dele, tranquilo, sem reagir, ele não teria tomado bala". Enquanto falta-nos fôlego para gargalhadas sarcásticas, sobram lágrimas e dor a família de mais uma vítima da indiferença. Que venha a próximo, como há de vir, só espero que não seja você!

sábado, 4 de junho de 2011

A toalha caiu.

Eis o corpo de bombeiros que se apresentou completamente nú diante de nós. E para surpresa das meninas, está muito longe de ser aquele corpo sarado, moreno de sunga vermelha. Não, o corpo de bombeiros, digamos, está desidratado, fraco, gritando desesperadamente por uma academia! Ou melhor, por melhores condições de trabalho.
Dez, repito, dez ônibus de bombeiros lotados foram levados a um pátio do batalhão de choque, não como convidados ilustres para serem condecorados pelo trabalho, e sim como presos. Presos por requererem melhores salários. Ai do prédio que pegar fogo agora, ou do surfista que se afogar na praia.Quem poderá socorrer? Os doutores engravatados que não são, muito menos eles, os bombeiros presos.
"Essas pessoas que estão sendo penalizadas são as mesmas que salvam vidas em incêndios e nas praias do Rio. Ganham o pior salário da categoria no Brasil. Quero saber se o governador Cabral, responsável por essa operação, consegue se alimentar em Paris com os R$ 950 que são pagos a esses homens e mulheres". Palavras da Deputada Janira Rocha. Bem Deputada, afinal, será que conseguimos ir para Paris com R$ 950?
Na briga entre o Bope, Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros quem sai perdendo? A população é claro, como sempre foi e sempre será. Vale salientar que esse " sempre será" será se assim o desejarmos? Meus dedos se cansam quando digito perguntas dessa natureza. E seus olhos, aguentam ler repetidas perguntas? Existe fôlego para mais risadas? Não é preciso dizer quem é a platéia e quem são os palhaços.
Vivemos num mundo em que nos constrangemos ao assistir um espetáculo com dançarinos nús - que aconteceu no teatro Sadler's Wells em Londres. Gritamos horrores, nos ofendemos ao assistir pessoas nuas, que afinal não existe motivos contundentes, porque não há nenhuma novidade e não foge ao natural. A não ser que você seja marciano, jupteriano, enfim. Por outro lado ficamos distantes ao vermos bombeiros sendo presos por pedirem algo de direito e no mais profundo silêncio, dizemos, "pouco me importa". No relógio da razão estamos atrasados alguns, eu diria, minutos, se não horas, dias ou meses.
Se a nossa Cidade Maravilhosa está assim, imagina o Brasil à fora, ou melhor, a dentro. Problemas a parte, esqueçamos disso, porque hoje eu quero mesmo é assistir o jogo de Brasil e Holanda, pegar minha camiseta verde e amarela e gritar com raça "eu sou brasileiro".

domingo, 22 de maio de 2011

Canibais.

Ontem, moradores da região central de São Paulo puderam ouvir palavras claras e objetivas: "Hei, polícia, maconha é uma delícia!". Não, não, você não leu errado não! E mais, não é coisa de brasileiro, como muitas julgam. São palavras de um movimento internacional, sim: a Marcha Mundial da Maconha.
Iniciada em 1998 pelo ativista Dana Beal, propõe a mobilização em favor da liberação do uso da maconha, para consumo pessoal e fins medicinais. Uma proposta polêmica ou mais um tema que insistimos em dificultar? De um lado jovens, precursores do futuro, representantes da continuidade da espécie blábláblá. De outro, conservadores, defensores dos valores, que para muitos desses jovens futuristas, não passam de pessoas de ideias atrasadas, paradas no tempo. Vamos aos argumentos.
Sou a favor. Que problema há no uso de uma simples planta, presente na natureza? Se fosse tão mal assim para a vida, como insistimos em vê-lá, a maconha já teria sido instinto à tempos. Quão bom é poder esquecer dos problemas corriqueiros e adentrarmos no universo de felicidade e alegria que o "baseado" nos proporciona. Felicidade essa ilusória, uma vez que o efeito alucinógeno não dura a vida toda. Alucinógeno, o próprio nome nos remete as condições reais. Mas não é isso que buscamos? Um caminho rápido e certeiro para esquecermos por algumas horas de nossos problemas? Mais fácil pegar uma "brisa" do que ganhar na loteria. Outra, pense no imposto que o governo arrecadaria com grandes quantias da erva em circulação. Traria benefícios a muitos. O estado nadando em dinheiro, a população espalhando felicidade. Como dizia Bob Marley, um defensor do uso da maconha: "Para que levar a vida tão a sério, se a vida é uma alucinante aventura da qual jamais sairemos vivos", ou ainda: "Fume maconha e não cigarros, pois neurônios você tem milhões, mas pulmões você tem só dois" Por isso os jovens gritam: "Hei, polícia, maconha é uma delícia!"
Sou contra. Vejam só, já temos legalizado muitas drogas que circulam livremente em nossa sociedade de cigarro à álcool, agora querem a maconha? Um pai vendo o filho saindo a noite com os amigos, teme o pior. Três palavras resumem o mundo lá fora: sexo, drogas e rock´n´roll. Imaginem só na esquina da sua casa uma barraca de drogas, "Três pedras por dez reais". Filho, filho, vai la pra sua mãe e compra seis pedrinhas, mas peça desconto! Ou ainda no jornal, imaginem Willian Bonner dizendo: "O mercado hoje fechou em baixa de 0,5%, a maconha teve leve alta de 2%"... Palhaçada? Querem legalizar mais uma droga, querem transformar a vida, literalmente, em uma droga? Droga de vida, droga de tudo! Onde estão os valores, os defensores da moral? Querem ver mais mães acorrentando seus filhos como cachorros da cadeira, querem ver seus filhos roubando sua própria casa? Gritos de socorro correm na velocidade do som, 340 m/s. Será que alguém consegue alcançar tamanha velocidade? Será que alguém consegue acabar com tal problema? Não basta termos livres na sociedade "canibais", agora querem liberar a "cannabis"? Façam-me o favor!
Os dois lados são complexos, pró e contra mostram suas faces. Engraçado por exemplo, que as pessoas a favor da liberação, ao invés de saírem nas ruas exigindo melhores condições de vida, de escolas à atendimento em hospital público de qualidade, saem as ruas exigindo ainda mais droga. Mais engraçado ainda por exemplo, que as pessoas contra a liberação pouco comentam com seus filhos sobre isso e preferem que os mesmos aprendam sobre drogas com seus professores, com cartazes coloridos, dizendo não as drogas, frases maravilhosas aplaudidas em pé, coisas superficiais, que estão muito, mas muito longe da realidade. Por outro lado é inegável o prazer proporcionado pela maconha, mais inevitável ainda os males que ela traz consigo. A história é a mesma, o clichê tão conhecido por todos, a tecla que sempre bato aqui: o preço da nossa liberdade, o preço das nossas escolhas. Ninguém é obrigado a consumir drogas. Ela legalizada ou não, cabe a você leitor, o direito de consumi-la ou não. Existem temas mais relevantes para discutirmos, problemas sociais que deixariam esse assunto a esmo. Falo de pessoas passando fome por exemplo. Mas que isso importa? Vivemos mundo de ufanismo, da política do pão e circo. Afinal a sociedade é canibal, estamos matando a nós mesmos e como diz a música: "a gente não quer só comida, a gente quer comida, diversão, arte" e "drogas!"
O site para quem se interessar: http://marchadamaconha.org

domingo, 15 de maio de 2011

Família.

Aqui, mais um dia que se passa em branco, 15 de Maio. Você sabe que dia é hoje? Que pergunta não? Hoje é dia da decisão do Paulistão, Santos e Corinthians... Mas não vou fala de futebol, vou fala sobre o dia Internacional da Família. Claro que para fanáticos, principalmente dos dois times em questão é um dia importante, mas tão importante quanto um jogo, neste dia em especial, seria a reflexão sobre o significado de família.
Instituição, grupo social, pessoas que compartilham de um mesmo ambiente... Desses conceitos todos nós sabemos, que concordamos, são conceitos superficiais. Você poderia definir verdadeiramente família? Sua formação, importância, função social, entre outros?
A família mudou, está mudando e irá mudar. Família é uma prova quanto as teorias de Charles Darwin por exemplo, que diz que na natureza sobrevivem os mais adaptados. Família vem se adaptando ao longo da história, moldando características de sobrevivência em relação ao ambiente. Mas como, família então seria uma espécie? Vertebrado ou invertebrado, aquático ou terreno? Não. Na realidade nós nos adaptamos ao ambiente e juntamente conosco a família também. Portanto, família está dentro de nós, assim como a fruta está dentro da casca? Aqui, outra definição importante sobre família: ela reside no nosso interior, dentro de nós. Também não é novidade.
Mas afinal, há uma fórmula equacional para família? Um homem mais uma mulher, mais filhos, igual a família? Será que o conceito família não estaria acima de pensamentos limitados do homem, algo de... origem divina? Tão ferrenhamente defendida pela religião, a Igreja em si, de que a família deve ser preservada, seus valores e todo o resto... Se fosse verdade como julgam ser, essa ideia de "verdadeira família", constituída por homem e mulher, por qual motivo, razão e circunstâncias muitas famílias terminam em brigas, agressões físicas e verbais? Continuando na linha do pensamento religioso, você poderia me responder por exemplo que isso é influência do maligno... Pra mim, conversa afiada! Hoje o casamento, diretamente ligada a família se tornou em um evento, uma promoção social. Caso hoje, me separo amanhã, semana que vem, enfim, será que esse conceito família imposto pela religião não está um pouco ultrapassado? Mas se a união de homem e mulher não deduz primordialmente família, voltamos ao início: O que é família?
Família não seria os valores morais que unem duas pessoas ou mais, os verdadeiros sentimentos ligados a união do casal? Se respondeu sim a pergunta, não cairia por terra a definição fria e insentimental imposta pela Igreja? Bem, como pode presumir falo de união homossexual. Dois indivíduos do mesmo sexo, unidos por esses verdadeiros sentimentos, destacados acima, não seriam uma família? "Imagine, jamais!" é o que pensa a Igreja movida por interpretações hermenêuticas passíveis a erro, uma vez que temos entendimento limitado aos olhos de Deus, ou mais: que existem mais coisas no céu e na terra do que sonha nossa vã filosofia...
Portanto, conceitos retrógrados e mendicantes precisam urgentimente ser reavaliados, precisam ser adaptados as novas condições históricas e geográficas. Seja homem, mulher, hétero ou homossexual, reflita sua condição, aptidão, disposição e todos os ãos da vida, antes de formar uma família. Afinal, em outras definições, família não é a base da sociedade? Logo logo os muros, o telhado, toda a infraestrutura dessa sociedade virão por terra, pelo fato de termos uma base desestruturada. Como disse Darwin: os adaptados sobrevivem.