domingo, 11 de setembro de 2011

Assoprar das velinhas.

Se Homero vivesse em nossos dias, adquiriria para si um grande rival; 11 de Setembro soa em nossos ouvidos de forma tal que se tornou épico. O que seria de Ilíada e Odisseia sem seus formidáveis deuses, mestres quando o assunto é ostentar poder e superioridade? O que seria o 11 de Setembro sem todos os efeitos hollywoodianos e, assim como os poemas de Homero, sem seus notáveis heróis e vilões? 11 de Setembro se tornou um poderoso marketing nesses dez anos, apelando, sobretudo a ela, a quimera de nossa consciência: a emoção. 
Entretanto, hoje comemoramos um aniversário e façamos jus e ele! Como dizem, afinal, aniversário não é aniversário sem um bolo. Convidados ilustres estão incluídos nessa comemoração, entre eles merece destaque George W.Bush, Barack Obama e é claro Osama Bin La... Bem, perdoem-me, este último não pode comparecer na festa por motivos de força maior, alguns probleminhas digamos, "submarinos" para resolver. A história toda pode se tornar cômica, segundo a sua óptica, leitor!
Possivelmente receberei críticas acerca dos comentários acima, tornar um evento delicado como esse em pura ironia. Mas há de convir comigo, não há mais espaço para sujeiras embaixo do tapete do "Big Stick". A política de Roosevelt envelheceu e sua "suave" fala se tornou rouca. Falo de uma das mais conhecidas facetas da política intimidadora Norte-americana, "Fale com suavidade e tenha na mão um grande porrete". Quando o presidente Theodore Roosevelt pronunciara essa frase em 1901, ele estava de certa forma prescrevendo um futuro que culminaria um século mais tarde no atentado ao WTC. 
Em linhas gerais, a leviana imagem que temos de heróis e vilões de toda essa história precisa ser revista. Porém, uma verdade dentre muitas é que nossos interesses estão acima de muitos de nossos valores, acima mesmo das nossas previsões quanto ao prejuízo que os mesmos interesses acarretarão. Se comemoramos hoje uma década de um acontecimentos antes impensável é porque o quisemos que fosse assim. 
 Pois assim dizem os sábios: Por que o futuro será uma consequência do presente. Detalhes à parte, minha preocupação não é pegar a ponta mais recheada desse bolo, mas sim de saber qual será o desejo do último a apagar as velinhas!