quarta-feira, 7 de março de 2012

"Expressivo Símbolo".

O mundo, em sua sua maioria, me soa ser movido a assuntos bestiais. Hoje pela manhã, perdido no vazio virtual que a internet vem se tornando nos últimos anos, uma matéria me chamou atenção. Em resumo, ela dizia que o Conselho da Magistratura do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul acatara o pedido de retirada de crucifixos e símbolos religiosos de todos os espaços públicos dos prédios da Justiça gaúcha. Pedido esse, a princípio, imaginei ser de um grupo de ateus. Mas pasmem, ela veio da Liga Brasileira de Lésbicas, com letra maiúscula e os pingos nos is! O desembargador Cláudio Baldino Maciel, relator da matéria, afirma que "o julgamento feito em uma sala de tribunal sob um 'expressivo símbolo' de uma igreja e de sua doutrina  não parece a melhor forma de se mostrar o Estado-juiz equidistante dos valores em conflito". Cita ainda o princípio constitucional do Estado laico. Consegue sentir, leitor, o vazio e a bestialidade que alimenta essa causa, literalmente perdida?
Tudo isso, verdadeiro "expressivo símbolo" de angustiante futilidade me cheira ser chumbo trocado.Veja bem, não é novidade para ninguém o pé de guerra travado pela Igreja e homossexuais. A Igreja, representante fidedigna de Deus na Terra, defende com unhas e dentes seus "imaculados" princípios. Os homossexuais por sua vez, grupo de minoria, vedados de estado de direitos mostraram, por meio desse esdrúxulo pedido, serem iguais à Igreja, ou seja, eles partiram também para a repressão. A Igreja repreende o beijo entre duas mulheres e em contrapartida elas agora, fazem o mesmo tentando proibir símbolo tão franzino.Logo eles que pregam o fim de repressões estão a repreender? Volto a perguntar se consegue sentir ainda, leitor, o vazio e a bestialidade que alimenta essa causa, literalmente perdida?
E para terminar essa viagem pelo nada me deparo com um noticiário ainda mais estapafúrdio: " Fim do mundo Maia já teria passado, de acordo com pesquisadores". Pois é, mudaram, para variar, o fim do mundo! Pesquisadores da UNAM, Universidade Nacional Autônoma do México alegam que os Maias não contavam o ano Bissexto e, que se contado esses dias extras, já estaríamos no dia 28 de Julho de 2013. Ou seja, já teríamos que ter partido dessa para melhor a 7 meses.Que alívio não? Esperemos, pois, a nova data para esse inexorável destino.